HIGRA fazendo a diferença e impactando positivamente durante as enchentes
A história de uma empresa possui vários capítulos e, certamente a da HIGRA, com sede em São Leopoldo, tem sido inspiração para muitas outras.
O conhecimento técnico, somado a alta performance, de uma equipe comprometida com a satisfação do cliente e a redução permanente de riscos ambientais, tem marcado essa associada do SINDIMETAL RS que, recentemente, imprimiu a sua marca profissional atuando numa situação de emergência e calamidade climática, na região.
Apenas em São Leopoldo, a HIGRA contribuiu para que fossem drenados 13 bilhões de litros de água, o equivalente a mais de 5.000 piscinas olímpicas ou 88 maracanãs cheios, exemplificando o volume de água, com a instalação de 6 bombas anfíbias, alugadas pelaPrefeitura Municipal. O trabalho rápido e eficiente facilitou a retirada da água dos bairros.
Conforme análise realizada pelo engenheiro Leonardo Röggen, da HIGRA, o total alagado, dentro da área habitada na cidade, foi de 1800 hectares e considerando uma altura média de 1,5m, o volume total bruto era de 27 bilhões de litros de água. “Analisando a infiltração, evapotranspiração e a vazão das nossas bombas instaladas, a estimativa era de drenagem em 20 dias, após o início do bombeamento”, explicou o engenheiro.
“A partir do bombeamento realizado, o resultado foi percebido no segundo dia. Conforme mais bombas começaram a ser ligadas, mais rápido ficou o processo, pois com o nível baixando, as bombas de drenagem fixa da cidade puderam começar a ser ligadas, pois elas não podem operar com o motor dentro da água, como acontece com a bomba anfíbia”, destaca.
EXPERIÊNCIA – Neste cenário, sem as bombas anfíbias, a estimativa seria de até 20 dias a mais de alagamento, na área habitada da cidade. Apesar de chegar a duas quadras da empresa, a Higra não foi atingida.
O momento exigiu reuniões emergenciais e uma logística, que não mediu esforços para auxiliar no que fosse necessário, pois o número de pessoas disponíveis estava reduzido na fábrica. Foi montada, então, uma força-tarefa envolvendo todos os engenheiros da empresa para planejar, calcular, avaliar, acompanhar as instalações e funcionamento dos equipamentos.
Segundo o diretor Alexsandro Geremia, o que foi realizado com seis bombas, nunca havia sido feito antes. “Temos a experiência de anos em aplicações do tipo, mas nada tão grande e tão crítico quanto a instalação emergencial desses equipamentos”. Foi necessário providenciar alguns designs de peças, considerando o que havia disponível de materiais nos fornecedores, adaptando conforme a disponibilidade de tubos, flanges, quadros e geradores. Além disso, realizado o garimpo de matéria-prima, cálculos e simulações para prever o funcionamento dos equipamentos. A avaliação de possíveis riscos e danos nas bombas, que teriam que bombear a água mais todo o entulho e lixo carregado pelas águas, provou a sua versatilidade, mesmo nessa situação.
“Foi uma operação de guerra, sem muito tempo para decisões e noites adentro fazendo as análises. A engenharia ficava até tarde da noite debatendo, planejando o próximo dia, de segunda a segunda por três semanas, sem poder dar muita atenção às famílias, que também estavam flageladas e abaladas, mas cientes do motivo pelo qual estávamos nos dedicando e imersos nesse trabalho tão importante”, registra Alexsandro.
A partir desta força-tarefa, foi possível auxiliar, além de São Leopoldo, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Santa Maria, Canoas, Porto alegre e, por consequência, algumas outras cidades ligadas ou dependentes destas, seja para abastecimento de alimentos, equipamentos, combustível ou deslocamento para rever e ajudar familiares.
A operação emergencial intensa passou, mas os equipamentos seguem instalados em São Leopoldo e sendo usados periodicamente, com acompanhamento por parte dos técnicos da empresa.
“Ficaram muitas lições, reflexões e aprendizados que, com certeza, terão impacto por muito tempo ainda, nas nossas vidas pessoais e profissionais. O futuro não nos pertence, mas torná-lo melhor faz parte do nosso presente”, conclui Alexsandro.
SAIBA MAIS SOBRE AS BOMBAS ANFÍBIAS
A palavra ‘anfíbio’, de origem grega (amphi ‘ambos’ e bios ‘vida’), significa ‘vida dupla’ e refere-se aos animais capazes de viver tanto em ambientes terrestres quanto aquáticos. No contexto de bombas, as anfíbias são aquelas que podem operar tanto dentro da água, como as bombas submersas, submersíveis e verticais, quanto fora da água, como as bombas convencionais do tipo horizontal, bipartida, multiestágios, entre outras.
Por suas características construtivas de corpo único (motor e bomba em um único conjunto) são fáceis de instalar e utilizam motores molhados lubrificados com água, eliminando a necessidade de óleos e reduzindo riscos ambientais.
Ter o motor molhado é um diferencial de todos os equipamentos HIGRA. Isto significa que eles têm água dentro deles, fato raro para lubrificação dos mancais e refrigeração, fazendo com que o motor possa trabalhar dentro d’água sem a necessidade de estar selado ou ainda ter danos quando submerso, o que acontece com motores e bombas convencionais.
VANTAGENS – Entre tantos diferenciais, alguns pontos se destacam neste tipo de bomba, nas Bombas Anfíbias HIGRA.
A versatilidade na instalação e operação, com capacidade de automação para facilitar o controle; o fato de elas demandarem manutenção simplificada e menos frequente, além de serem uma opção mais ecológica e garantirem resistência e confiabilidade; o custo de instalação e operação otimizado, a redução de ruído e proteção contra vandalismo. E, além disso, o fato do projeto robusto das bombas as permitirem lidar de forma eficaz com resíduos sólidos, como folhas, madeiras e latas, minimizando entupimentos.
As Bombas Anfíbias HIGRA não previnem enchentes, já que a prevenção e proteção dependem de uma gama muito maior de ações, como de diques e comportas. No entanto, elas não interrompem sua operação se o nível de água na cidade subir muito, por conta do motor molhado da HIGRA e da capacidade e conceito anfíbio das bombas. Isso permite que continuem operando mesmo em cenários catastróficos, como vivemos em São Leopoldo no ano do seu Bicentenário.
Fonte e fotos – Higra
Edição: Jornalista Neusa Medeiros – Assessora de Imprensa | Edição 3 Comunicação Empresarial