Jovens mais preparados para o futuro
De forma cada vez mais latente ouvimos falar da evolução constante, exponencialmente rápida com que as mudanças cotidianas vêm ocorrendo, trazendo consigo desafios pessoais e profissionais. Sabemos que este é um caminho sem volta, uma roda movida por uma energia cinética gigantesca em aceleração. Inserem -se neste cenário desafiador não somente as nossas empresas, mas sim todos os pilares da sociedade: famílias, escolas, entidades, empresas, governo, dentre outros. Pensado nesta dinâmica tecnológica e evolutiva, nos colocamos a refletir: – qual o tipo de profissional que necessitaremos e/ou teremos em nossas organizações em cinco ou dez anos?
Quando, de acordo com as expectativas ou necessidade de cada um tivermos a resposta, faz-se outra pergunta: – de que forma estamos formando e qualificando nossas crianças e jovens para serem os profissionais do amanhã?
Baseado neste contexto, da formação humana e profissional com visão futura, destacam-se com louvor as Feiras de Ciências e Mostras Científicas, promovidas em escolas ou eventos maiores, reunindo diversas escolas de uma região, estado, país ou até do globo, onde alunos desde a educação infantil, do ensino básico à jovens do ensino médio têm a oportunidade desafiadora de apresentarem seus projetos de pesquisa, inovação, seja na área da saúde, meio ambiente, engenharias ou soluções que melhorem o cotidiano.
A apresentação pública dos trabalhos, contribui para o aumento do potencial criativo e realizador do jovem, além da intensificação das interações sociais, favorecendo o desenvolvimento cognitivo. De forma mais objetiva, as Feiras de Ciências, promovem importantes benefícios aos jovens, como: 1) Crescimento pessoal e ampliação das vivências; 2) ampliação da capacidade comunicativa; 3) Desenvolvimento da iniciativa, atitude e trabalho em equipe; 4) Exercício da criatividade, planejamento e execução; 5) Desenvolvimento da criticidade e da capacidade de avaliação;
A sociedade vive hoje com excesso de informação, de opinião, muitas ideias, mas pouca prática, pouca fundamentação e consistência crítica. Estas feiras científicas, obrigam o jovem a pensar, sair da rotina óbvia de suas atribuições, são desafiados, é ter um propósito, passam por uma sabatina de questionamentos. Certamente, serão profissionais mais capazes e preparados para encarar melhor a dinâmica diária em nossas empresas, encarando os problemas ou situações diárias como desafios e oportunidades de melhoria, oportunidades de evoluir, seja em gestão, operação, processos, produtos ou serviços. Teremos então um profissional capaz de assumir maiores responsabilidades, liderança com visão no amanhã.
As escolas do SESI, tem se desenvolvido muito bem com seus métodos de ensino inovadores, pensando na educação do futuro e preparando os alunos para indústria 4.0 e com fundamental participação ativa do pais na formação. Projetos desenvolvidos nas salas de aula do SESI, estão tendo a oportunidade de serem apresentados ao público em diversos eventos científicos, como por exemplo na Feira SESI Com@iênica, ocorrida no início de outubro na Fiergs. Vários trabalhos de alunos do SESI-SENAI têm sido premiados mundo a fora. Isto fantástico, entusiasma e motiva, promove o desenvolvimento humano, social e tecnológico, afinal, estamos formando pessoas melhores.
Através da promoção de ações concretas como estas, alcançaremos de forma mais rápida e eficaz os avanços necessários para que as indústrias nacionais possam receber profissionais mais qualificados e preparados e assim tornem-se mais competitivas, através de ganho de eficiência, produtividade e tecnologia.
Temos um longo e difícil caminho para percorrer, a sociedade, os empresários e o governo têm enorme responsabilidade para promover esta transformação. Não há tempo a perder.
O Sindimetal, como entidade representativa da indústria têm papel significativo, apoiando as escolas ou entidades que os promovem, principalmente os jovens com suas iniciativas criativas e inteligentes.
Uma oportunidade de participar está em nossa porta, agora, na penúltima semana de outubro ocorre a Mostratec, em Novo Hamburgo, um dos maiores eventos do país neste segmento da iniciação científica, um trampolim para diversas outras feiras no mundo, incluindo a INTEL – ISEF nos Estados Unidos, a maior de todas.
Os modelos tradicionais de ensino precisam ser repensados, repaginados, saindo da superficialidade atual para um plano mais amplo e baseado em uma visão de necessidade futura, ampliando a execução dos “Cases de sucesso” na educação. Nada fácil em um país com tantas adversidades sociais, mas com foco, segmentação das atividades de acordo com o potencial da região, recursos e gestão profissional das escolas certamente teremos evolução.
Vitor Fabiano Ledur
Vice-Presidente do SINDIMETAL RS
Artigo publicado no Espaço SINDIMETAL 78