Metalúrgica Lorscheitter projeta ações
“Trabalhar, trabalhar e trabalhar” esta é a receita de sucesso da Indústria Metalúrgica Lorscheitter, com sede em São Sebastião do Caí. A história da empresa nasceu a partir da fabricação de balanças, em 1996, quando Geovani Lorscheitter passou de funcionário para empresário, na aquisição da Balanças São Sebastião e acompanhou a redução deste produto no mercado. “Com a diminuição da margem de comercialização, passamos a desenvolver produtos fundidos”, relata. Em 2003, foi fundada a Metalúrgica Lorscheitter que passou a fornecer então, os fundidos.
A empresa está preparada para atender o mercado de peças em ferro fundido nodular e cinzento, dentro das normas técnicas, e desenvolve desde o modelo até a produção final da peça. “Desejamos melhorar a produção de fundidos, a partir da aquisição de novos equipamentos“, argumenta. “Estamos fidelizando clientes, solidificando o processo produtivo, agregando valor ao produto a partir do diferencial da empresa, que atua na área da fundição e está ampliando para a usinagem”. Em dezembro de 2008, a empresa teve um avanço tecnológico, com a aquisição de uma central de fusão à indução. As vantagens já estão sendo contabilizadas. “Tivemos um ganho na agilidade do processo produtivo, melhora na qualidade, com redução de perdas e de custos”, comemora o empresário.
A Lorscheitter fabrica peças que, através dos diversos clientes, percorrem os Estados Unidos, Alemanha e os Emirados Árabes. Nos planos também estão à exportação direta para estes países. A empresa, com 2mil m2 de área construída, possui 42 colaboradores, soma 230 clientes e 1500 tipos de produtos, sendo o carro chefe a indústria de máquinas; automóveis pesados, como caminhões; motores elétricos; bombas d’agua; hidráulica e equipamentos para indústria petrolífera. “A diversificação no mercado brasileiro é uma alternativa para estes momentos de crise. Pulverizando a produção e a prestação de serviço temos condições de sobreviver aos altos e baixos da economia”, constata Geovani.
Futuro
O sonho no futuro é trabalhar estrategicamente, ampliando a gestão e a organização da empresa, alcançando mais clientes. “O conhecimento é que transforma e eleva o trabalho, por esta razão a formação da equipe é essencial”, ratifica. As empresas não devem ter medo de crescer. A rapidez do mercado é um fato e precisamos enfrentar os desafios, superando os embates e agregando valores, sem onerar o cliente, justifica o empresário que também é presidente do Comitê Fundi-RS.
Os planos não param por aí. Já está aprovado um projeto de pesquisa, financiado pela FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) que trata da recuperação da areia, além de uma produção mais limpa. Este trabalho, em parceria com a Unisinos, através do apoiador Carlos Moraes, terá início em setembro e deverá ser executado em 24 meses. A expectativa é que a empresa tenha um ganho ambiental, com redução de custos e melhor aproveitamento da matéria-prima.
Em novembro de 2008, foi publicado, inclusive, na revista Fundição e Serviços o estudo da Caracterização de areia de fundição via tratamento de regeneração termomecânica, que ocorreu junto à empresa Lorscheitter. O estudo, que apresenta a combinação entre a regeneração mecânica e a térmica, mostrou ser a mais adequada para se conseguir uma completa limpeza dos grãos de areia de fundição. A pesquisa foi realizada por Rodrigo Gaspar, que atua na área de qualidade, da Lorscheitter, e Carlos Moraes, ligado a Unisinos e ao Cetemp.
A empresa sabe onde está e aonde quer chegar. Em setembro, estará expondo na Feira FENAF, em São Paulo, “desenvolvendo ações de mercado, num contato direto com novos fornecedores, além da expectativa de atualização com relação a equipamentos e serviços”, justifica Geovani. Já em março de 2010, o caminho será em direção a certificação. Sucesso nos futuros investimentos!