A vitória da persistência
Sempre que pensamos na atual situação econômica do País ficamos perplexos. Com toda esta crise política, ética e moral fica cada vez mais evidente, no meio empresarial, os fatores, que ainda mantém muitas empresas abertas: a persistência e a resiliência das lideranças.
Em tempos de escassez de demandas e baixa de pedidos é necessário algo a mais para manter a máquina funcionando, e tem sido este um dos papéis das lideranças. É necessário estar sempre atento aos sinais do meio em que estamos. Além disso, é preciso ter ‘olhar clínico’ para encontrar entre várias pessoas e colaboradores aquelas que estão verdadeiramente engajadas no mesmo propósito, com a mesma ânsia e coragem para lutar e que, principalmente, possuem características de persistência e resiliência.
Devemos buscar formas de superar os contextos negativos que permeiam nossa atualidade e que, num primeiro momento, não possuímos mecanismos de ação sobre os mesmos. Precisamos focar todos os esforços naqueles aspectos que devem ser corrigidos e melhorados, garantindo assim que não utilizaremos o pretexto da crise, seja ela do tipo que for para barrar nosso crescimento e evolução.
A pior herança que qualquer crise pode deixar é a estagnação, pois passado o tempo percebe-se que a mesma serviu, na verdade, para justificar um período de comodismo, onde todos os maus resultados foram atribuídos ao fator crise, consumindo recursos irrecuperáveis. A visão oposta, o maior legado de uma crise é a utilização deste período como um grande desafio, onde a evolução deve ser acelerada e todos os recursos utilizados de maneira mais otimizada, colocando a empresa em posição privilegiada, no período de retomada.
Sabemos que é cada vez mais evidente a necessidade de trocas de experiências, onde boas práticas devem ser compartilhadas entre as corporações, fazendo com que os resultados positivos sejam multiplicados. Certa vez, num dos treinamentos realizados no SINDIMETAL RS uma frase foi dita e ecoa até hoje nas nossas mentes: “quando detemos o conhecimento temos a obrigação de multiplicá-lo”.
Com isso podemos dizer que, além da persistência e da coragem é necessário buscar apoio, no sentido de ajuda, de troca de experiências, aplicando e multiplicando aquilo que é absorvido. Fortalecer dentro de nós e daqueles que nos rodeiam a necessidade de mudança de hábitos, de atitudes e de pensamentos. Não basta ser do bem, é necessário fazer o bem.
Carlos César do Reis e Gilberto Luiz Cislaghi Junior
Grupo Desenvolvimento de Lideranças – Turma 2