Economista-chefe do Sistema FIERGS realiza Balanço Econômico de 2024 e analisa Perspectivas para 2025

A palestra Balanço Econômico 2024 e Perspectivas 2025 realizada, no dia 11 de dezembro, a cargo do economista-chefe do Sistema FIERGS, Giovani Baggio, reuniu, no Centro das Indústrias, em São Leopoldo, lideranças empresariais. A atividade iniciou com um coffee e networking, seguida da palestra, que apresentou um trabalho elaborado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS.

Ao saudar os participantes, o presidente do SINDIMETAL RS, empresário Sergio Galera, enfatizou a importância de uma análise mais apurada, referente a conjuntura econômica, bem como a relevância de pontuar as possíveis projeções macroeconômicas para o próximo ano. Destacou, também, a satisfação de receber o palestrante, na sede da entidade, que sempre apresenta uma análise fundamentada nos aspectos que impactam no dia a dia das empresas.

A promoção foi do SINDIMETAL RS, em parceria com o SINBORSUL e o SINDIVEST.    

Segundo o economista-chefe, “alguns elementos fazem com que olhemos com mais positividade para a economia, embora tenhamos pontos de alerta a serem considerados. Estamos tentando acertar a direção, mesmo não tendo todas as respostas”, destaca Giovani.

“Apesar da enchente, que atingiu o Rio Grande do Sul no primeiro semestre deste ano, paralisando fábricas e prejudicando a produção em diferentes segmentos industriais, o Estado deve fechar 2024 com um crescimento econômico de 4,1%, acima dos 3,2% previstos para o País”, considera Giovani. A estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), que projeta também um aumento de 1,3% no Produto Interno Bruto (PIB) da indústria.

A economia gaúcha, para 2025, está gerando uma expectativa da FIERGS de uma elevação robusta, com previsão de alta de 3,3% (ante 2,1% da média nacional), e aumento de 3,2% na produção industrial, sustentada em parte pela baixa base de comparação do ano anterior, mas também amparada pela retomada após a enchente e à boa safra colhida.

As perspectivas mais positivas, para a indústria gaúcha, já vêm sendo detectadas nos últimos meses em pesquisas realizadas pela FIERGS. O Índice de Confiança do Empresário Industrial, por exemplo, cresceu mais de dois pontos na passagem de outubro para novembro: de 51,1 para 53,4.

Com a confiança dos empresários em alta, cerca de dois terços deles se mostram dispostos a investir nos próximos seis meses no Estado. Isso se dá, porém, quase que exclusivamente pelo maior otimismo que percebem para a situação das suas empresas, e muito menos pela expectativa com relação à economia nacional. “A recuperação do setor industrial ocorreu de uma forma positiva nos meses seguintes ao da enchente de maio. Tivemos diversos segmentos, como de móveis, material de construção e eletrodomésticos, bastante demandados. Tudo isso movimentou a nossa indústria”, afirma o economista-chefe da FIERGS, Giovani Baggio.

INCERTEZAS – Segundo levantamento elaborado pela Unidade de Estudo Econômicos (UEE), da FIERGS, a resiliência demonstrada pelo Rio Grande do Sul se deve, principalmente, pela recuperação agrícola, impulsionada por uma safra de verão sólida e perspectivas positivas para o trigo na safra de inverno. O PIB estadual cresceu 5,4% no primeiro semestre, com destaque para a Agropecuária (37,6%), Serviços (2,7%) e um pequeno avanço na Indústria (0,2%).

Em relação ao cenário nacional, “o resultado positivo foi sustentado por setores específicos, como a indústria, com destaque para a produção de bens de consumo e de capital, e o setor de serviços, apoiado pelo consumo das famílias e pela recuperação da renda”, assegura Giovani. O PIB brasileiro deve encerrar o ano com crescimento e, para 2025, o crescimento econômico deve desacelerar.

Na opinião do economista, com relação ao cenário externo, a economia global mostrou sinais de recuperação moderada, com desaceleração da inflação e estabilização de preços, reflexo do aperto monetário conduzido pelos principais Bancos Centrais. “O cenário global exige desafios e oportunidades, com economias adaptando-se a riscos de preços de commodities e tensões comerciais”, afirma.

Mesmo pontuando boas perspectivas, a FIERGS faz um alerta. A inflação acumulada teve uma alta de 4,8% em 12 meses até outubro, segundo o IPCA, acima da meta do Banco Central. “Além disso, as incertezas sobre a condução de uma política fiscal austera e o comprometimento da nova direção do Banco Central, que assumirá em dezembro, elevam significativamente as expectativas de inflação, especialmente para 2026.

Essa situação resultou na reversão do ciclo de cortes da taxa Selic. “Para 2025, espera-se que a inflação fique em 4,3%, enquanto a Selic deve atingir 13%. A FIERGS destaca para a importância de o governo federal se comprometer com o equilíbrio das contas públicas”, afirma Giovani. Segundo o economista, o próximo ano, o mundo deve manter o crescimento do PIB, observado nos últimos anos, mas com uma menor inflação e, por consequência, com juros mais baixos”.

O material completo, referente ao trabalho elaborado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE), da FIERGS, pode ser acessado em https://observatoriodaindustriars.org.br/inteligencia-areas/balanco-economico-e-perspectivas/.

IMAGENS: Divulgação SINDIMETAL RS
Jornalista Neusa Medeiros – Assessora de Imprensa | Edição 3 Comunicação Empresarial

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