Presença feminina dentro do associativismo
O aumento da presença feminina dentro das indústrias e meios corporativos já deixou de ser novidade. Em contextos até então, predominantemente, masculinos, a participação de mulheres vem crescendo nos últimos anos em, arriscamos dizer, um movimento sem volta.
Na realidade, quebras de paradigmas são observadas de ambos os lados, seja pelo interesse das mulheres por profissões tradicionalmente masculinas, como – mesmo que aos poucos e de forma bem mais tímida – pela procura por atividades ditas “femininas” pelos homens.
Essas trocas de ocupações e interesses comprovam, que competências e sucesso vão muito além das questões de gênero. Quando bem geridas são benéficas, transformam espaços, agregam visões distintas, incluem, fortalecem, oportunizam negócios e melhorias nas empresas e organizações.
Nesse âmbito, no nosso sindicato, o que chama a atenção é a inclusão de mulheres nas ações propostas pela instituição.
Naturalmente, a visão feminina tem um olhar mais cuidadoso e, até mesmo, afetuoso quando se trata de falar de pessoas. Faz parte desse gênero cuidar, zelar, se importar, acolher e escutar com cuidado, paciência e cautela, dando tempo e espaço para o outro se sentir importante. Essas qualidades permitiram que o feminino ganhasse espaço e alcançasse sucesso nas práticas relacionadas à gestão de pessoas. Não é por acaso que ao ingressar em uma empresa, boa parte das mulheres se identifica com o setor de RH. No próprio SINDIMETAL RS, essa tem sido uma importante porta de entrada. No comitê Gestão de Pessoas, por exemplo, a grande maioria dos integrantes são mulheres.
Mudanças culturais e, inclusive, sucessões familiares, também propiciaram a participação feminina nos demais contextos da indústria, como engenharia, manutenção e produção. Em consequência disso, dentro do nosso sindicato, outros Comitês e Grupos de Desenvolvimento de Lideranças têm experimentado mesclar as visões masculinas e femininas.
O mais interessante dessa nova realidade é que a força, o ímpeto, a velocidade com que os homens construíram e conduzem muitas coisas não perdeu o seu valor, bem como jamais perderá a sua importância. Os aspectos masculinos são fundamentais para que tudo tenha acontecido e continue acontecendo. Contudo, percebe-se que o movimento de unir as forças torna tudo mais completo e equilibrado, os dois lados se complementam, são necessários e trazem harmonia dentro de setores, sindicatos e grupos em geral.
E claro que assim como em qualquer contexto, o associativismo também colhe os benefícios desta soma de forças.
Bárbara Schmidt e Bianca Kiszewski de Medeiros
Grupo Desenvolvimento de Lideranças – Turma 2